A leitura da Sagrada Escritura e, sobretudo do Evangelho, era para a Serva de Deus o seu pão cotidiano, o que alimentava sua vida espiritual.
No Evangelho ela meditava os gestos e palavras de Jesus e procurava configurá-los em sua própria vida.
São suas palavras:
Ó Jesus, que a terra da minha alma seja uma terra boa para receber a divina semente de vossa palavra.
Senhor, o vosso Evangelho é Vida Eterna, eu quero conhecê-lo cada vez mais, amá-lo, praticá-lo.
O Evangelho nos ensina a disponibilidade diante da Vontade do Pai e a dizer-lhe sempre sim.
Como vamos conhecer Jesus e conhecer ao Pai? Conhecer é ser amigo, é penetrar no conhecimento do coração do outro, estudando suas atitudes, suas palavras. Jesus nos é revelado pelo Evangelho.
Estudando o Evangelho, com atenção e amor, eu chego ao conhecimento de Jesus. Depois de ler, tenho que meditar o que li. Quer dizer: parar para pensar. E Jesus disse: “Quem vê a mim, vê o Pai”. Então, estudando Jesus no Evangelho, ficamos conhecendo a Ele e ao Pai. E isto é a vida eterna, se vivermos o que meditamos.
Procuremos cada dia pegar uma palavra ou passagem do Evangelho, como luz nos nossos dias, esperando o dia em que na Luz eterna veremos a Face do Pai.
Seja o Evangelho nosso livro preferido, onde o Verbo de Deus nos fala. Acima de tudo, ouçamos o Mestre interior, que no mais íntimo de nós, nos descobrirá, cada dia mais, o valor da eternidade, de cada minuto que passa, o nada deste universo criado, a Infinita transcendência d’Aquele, que é a Inefável Trindade, que nos convida a nos perder na sua unidade. O Caminho do céu, o caminho do Pai, Jesus, está todo inteiro no Evangelho. Estudemos o Evangelho, pautemos nossa vida no Evangelho, e Jesus, irá tomando aos poucos, conta de nosso ser, e se substituirá a nós. Poderemos, então, dizer: “Não sou mais eu que vivo, é Jesus, que vive em mim”.
Que a exemplo de Nossa Mãe, tenhamos sempre a Palavra de Deus muito presente em nossas vidas, para que ela seja uma luz para os nossos passos.
Irmã Maria Elisabeth da Trindade, ocd.